A detecção de lesões associadas ao papilomavírus humano (HPV) no sexo masculino constitui um desafio, já que, na maioria dos casos, os homens são assintomáticos.
A detecção de lesões associadas ao papilomavírus humano (HPV) no sexo masculino constitui um desafio, já que, na maioria dos casos, os homens são assintomáticos. O estudo dos métodos diagnósticos disponíveis, portanto, ganha destaque e, nesse contexto, a equipe de Anatomia Patológica do Fleury avaliou a utilidade da citologia na identificação de infecção por HPV no pênis.
Para tanto, os pesquisadores avaliaram retrospectivamente amostras citológicas e de material para análise molecular, coletadas do prepúcio e da uretra distal em peniscopias feitas nos últimos dois anos, além de biópsia correspondente realizada em indivíduos com lesões clinicamente evidentes.
Entre os 216 pacientes incluídos no estudo, a análise citológica foi positiva para HPV em 53 casos (24,5%), com coilocitose ou disqueratose, tendo sido as restantes (163/75,5%) negativas. Os testes moleculares, quer por PCR, quer por hibridação in situ, foram efetuados em 88 espécimes, enquanto 53 pacientes tinham biópsias. Os casos com evidência citológica de infecção por HPV associaram-se significativamente ao resultado molecular positivo (p=0,015), assim como a achados histológicos relacionados a esse agente em biópsias correspondentes (p=0,003), o que conferiu ao teste uma especificidade de 95,8%, embora com uma sensibilidade de 31,6%, quando comparado aos exames moleculares.
“Apesar da baixa sensibilidade, a citologia coletada durante a peniscopia é altamente específica para a detecção de infecção peniana pelo HPV, o que contribui para o diagnóstico, especialmente em pacientes sem evidência clínica de lesão”, destaca o assessor médico do Fleury em Patologia, Mauro Saieg.
Citologia aponta resultado positivo para HPV em amostras coletadas durante peniscopia.
ARQUIVO FLEURY
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