Estudo mostra que o vírus sincicial respiratório foi o mais frequentemente identificado por imunofluorescência direta | Revista Médica Ed. 3 - 2013

As infecções por vírus respiratórios têm distribuição mundial, provocando surtos e epidemias, com consequente aumento da morbimortalidade das populações atingidas, especialmente os idosos, as crianças e os indivíduos imunocomprometidos.

Com o objetivo de avaliar a incidência de infecção por vírus respiratórios em crianças e adultos, a equipe de Infectologia do Fleury analisou, por imunofluorescência direta (IFD), 9521 amostras de materiais de trato respiratório colhidas em unidades ambulatoriais ou hospitalares do Grupo Fleury, no período de 2010 a 2012.

As infecções por vírus respiratórios têm distribuição mundial, provocando surtos e epidemias, com consequente aumento da morbimortalidade das populações atingidas, especialmente os idosos, as crianças e os indivíduos imunocomprometidos. Atualmente, diferentes metodologias estão disponíveis para identificação de tais agentes. O teste por IFD realizado no Fleury é capaz de identificar sete vírus distintos – influenza A e B, vírus sincicial respiratório (VSR), adenovírus e parainfluenza 1, 2 e 3.

Os resultados obtidos mostraram que, em 2010, 27,9% (497) das amostras coletadas foram positivas, enquanto que em 2011 e 2012, 30,6% (1496) e 45,4% (1296) das amostras, respectivamente, foram positivas. As crianças foram mais acometidas que os adultos, nesse período. O VSR foi o agente identificado com maior frequência por esse método, nos três anos consecutivos, seguido pelo adenovírus (Figura acima).


“A IFD é o teste utilizado com maior frequência para pesquisa de vírus respiratórios. Vale lembrar, porém, que essa técnica tem alta sensibilidade para o VSR, mas baixa para o vírus Influenza A pandêmico. Assim, é importante observar que tal estudo mostra a importância do VSR em nosso meio, especialmente na criança, mas que subestima, em contrapartida, o influenza A, que é o vírus mais frequentemente detectado quando avaliadas todas as outras técnicas”, destaca o assessor em Infectologia do Fleury, Celso Granato.