Com isso, o Fleury torna-se um dos pioneiros na realização do estudo do jitter, uma técnica de eletroneuromiografia que avalia o tempo de transmissão na junção neuromuscular.
Até pouco tempo atrás, era necessário usar uma agulha de fibra única, reutilizável e de alto custo, para a análise do jitter, uma técnica avançada de eletroneuromiografia que avalia o tempo de transmissão na junção neuromuscular, também conhecida como eletromiografia de fibra única (EMGFU). Entretanto, infelizmente esse método não tem ampla difusão no Brasil por requerer treinamento médico especializado.
Mais recentemente, a agulha concêntrica, que já é empregada no exame de eletromiografia, passou a ser utilizada como alternativa à agulha de fibra única.
Com o objetivo de validar essa técnica, um grupo de pessoas saudáveis e outro de pacientes com miastenia gravis (MG) foram avaliados para estimar os parâmetros do jitter com a agulha concêntrica no músculo orbicular do olho. Todos os indivíduos ainda passaram por dosagens do anticorpo antirreceptor de acetilcolina e pela estimulação repetitiva a 3 Hz nos músculos trapézio, abdutor do dedo mínimo e orbicular do olho no momento do estudo do jitter.
A EMGFU foi considerada anormal quando a diferença consecutiva média do jitter ficou acima do limite superior da normalidade (LSN) obtido no grupo controle ou quando mais de 10% dos valores individuais dojitter superaram o LSN em cada avaliação.
Em todos os pacientes com MG, nove com a forma ocular da doença e 19 com a forma generalizada, o exame mostrou-se anormal. Além disso, sua positividade foi maior do que a estimulação repetitiva e a dosagem de anticorpos nesse grupo. “O estudo demonstrou que a agulha concêntrica é mesmo uma boa alternativa, embasando seu emprego em nosso serviço e, evidentemente, levando o Fleury a se tornar um dos pioneiros na utilização desse método no Brasil”, comenta a neurologista Flavia Costa Nunes Machado, médica do Serviço de Eletroneuromiografia do Fleury.
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EMGFU: jitter aumentado com presença de bloqueio (setas). | EMGFU: jitter aumentado . |
Autores |
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Machado, FCN; Kouyoumdjian, JA; Andrade, LEC; Heise, CO; Marchiori, PE. |
Contato |
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Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
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