A absorção da vitamina B12 pelo intestino delgado depende da sua ligação com o fator intrínseco (FI), secretado pelas células gástricas parietais, e, por isso, está reduzida na presença de anticorpos bloqueadores de FI ou de anticorpos anticélulas parietais, o que pode levar à anemia perniciosa.
Diante desse contexto, a equipe de Imunologia do Fleury realizou um estudo retrospectivo para avaliar a associação entre os níveis séricos de vitamina B12 e a presença dos anticorpos relacionados à anemia perniciosa.O trabalho analisou todos os exames solicitados nos últimos cinco anos para detectar um dos dois marcadores, desde que estivessem acompanhados da dosagem da vitamina B12.
No período avaliado, a pesquisa de anticorpos anticélulas parietais por imunofluorescência indireta em estômago de camundongo foi feita em 3.395 indivíduos no Setor de Imunoensaios do Fleury, enquanto a de anticorpos bloqueadores de FI, que empregou o ensaio imunoenzimático e contou com recursos da Clínica Mayo, foi realizada em 311 indivíduos.
Houve positividade de 19,9% e de 9,9% para a pesquisa de anticorpos anticélulas parietais e bloqueadores de FI, respectivamente. Os níveis séricos de vitamina B12 mostraram-se significativamente menores em pacientes positivos para anticorpos anticélulas parietais em comparação com aqueles que tiveram o exame negativo, especialmente na presença de títulos de 1/160, 1/320 e 1/640 (p < 0,003, pela correção de Bonferroni). Embora tenha ocorrido a mesma tendência para os anticorpos bloqueadores de FI, para estes, a diferença alcançou níveis marginais de significância estatística, possivelmente em função do tamanho restrito da casuística. “Nosso trabalho mostrou que a presença de anticorpos anticélulas parietais se associa de forma mais consistente com menores níveis séricos de vitamina B12 se comparados aos anticorpos bloqueadores de FI”, assinala o assessor médico em Imunologia e Reumatologia do Fleury, Luis Eduardo Coelho Andrade.
“Tais achados auxiliam a solicitação criteriosa de testes laboratoriais na investigação desses quadros”, completa.
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
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