IgE específica para ômega-5-gliadina ajuda a esclarecer os casos de alergia ao trigo | Revista Médica Ed. 3 - 2015

Um dos alérgenos mais frequentemente associados à anafilaxia induzida pelo exercício dependente do trigo (AIEDT), a ômega-5-gliadina tem tido um papel de destaque no diagnóstico desse quadro, que constitui um desafio para o clínico.

 

SIGRID GOMBERT/CULTURA/CORBIS/LATINSTOCK


Um dos alérgenos mais frequentemente associados à anafilaxia induzida pelo exercício dependente do trigo (AIEDT), a ômega-5-gliadina tem tido um papel de destaque no diagnóstico desse quadro, que constitui um desafio para o clínico.

Nos adultos, a alergia ao trigo é pouco frequente e especialmente descrita como uma forma de reação anafilática desencadeada por atividade física realizada após a ingestão de alimentos que contêm esse cereal. As manifestações vão de urticária, dispneia e alterações gastrointestinais até hipotensão e choque.

Não há um exame-padrão para o diagnóstico desses casos e uma anamnese minuciosa configura a ferramenta mais importante. O teste de provocação é controverso, já que inúmeros fatores, como a quantidade do alérgeno ingerida, o tipo de exercício, as condições ambientais e outros aspectos, a exemplo de uso de medicação, estresse emocional e cansaço, podem influenciar no desfecho do quadro.

Nesse cenário, a determinação da IgE específica para a ômega-5-gliadina vem se mostrando mais um dado útil ao diagnóstico. Esses anticorpos são encontrados não somente na AIEDT, mas também em alguns pacientes com reações de hipersensibilidade imediata ao trigo e em indivíduos com dermatite atópica. Vale lembrar que o resultado do teste indica sensibilização e deve ser invariavelmente corroborado pela história clínica.

Assessoria Médica
Dr. Luis Eduardo Coelho Andrade
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Dr. Sandro Félix Perazzio
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