Microscopia mostra corte de um glomérulo de paciente com lúpus eritematoso sistêmico.
A dosagem sérica dos imunocomplexos circulantes (ICC) por ensaio imunoenzimático, agora disponível na rotina do Fleury, constitui mais uma ferramenta para o monitoramento e o controle do tratamento de algumas afecções reumáticas, como o lúpus eritematoso sistêmico, assim como de determinadas formas de glomerulonefrite, entre outras. Isso porque os imunocomplexos formados in situ ou no meio intravascular têm participação importante na fisiopatologia de determinadas doenças – tipicamente, as chamadas doenças mediadas por imunocomplexos – e guardam correlação com os ICC, que, portanto, podem refletir a magnitude desse tipo de resposta imunológica, auxiliando a monitoração da atividade dessas enfermidades.
Tais afecções geralmente apresentam natureza sistêmica, com pouca ou nenhuma especificidade para um tecido ou órgão em particular. Suas características patológicas indicam o local de deposição dos complexos imunes, que provocam a ativação da resposta inflamatória, levando a lesões de intensidade e duração variáveis. Os capilares glomerulares e a sinóvia, por exemplo, são frequentemente acometidos porque essas áreas têm maior suscetibilidade à fixação dos ICC.
Vale lembrar que a presença dos ICC não configura um achado específico e restrito a poucas doenças, visto que outras condições não relacionadas a afecções autoimunes, como infecções e neoplasias, podem também cursar com níveis elevados desses complexos. Assim, o papel da dosagem dos ICC é avaliar o grau de atividade de uma enfermidade já diagnosticada. Nesse contexto, a interpretação dos resultados de tal exame deve ser realizada sempre à luz do quadro clínico e de outros testes laboratoriais, uma vez que só uma análise multiparamétrica e solidamente calcada na avaliação clínica consegue fornecer uma aproximação acurada do grau de atividade de doença.
ASSESSORIA MÉDICA |
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Dr. Alexandre Wagner Silva Souza Dr. Luis Eduardo Coelho Andrade |
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