Zika vírus sob a óptica da microscopia eletrônica de transmissão.
A sorologia para o Zika vírus é o mais novo teste que deixou de seguir para processamento em laboratório internacional e passou a ser totalmente realizado dentro do Fleury, o que traz vantagens expressivas, não só em relação ao custo e ao prazo do resultado, como também ao acompanhamento rigoroso de todo o processo analítico.
Considerando que a apresentação clínica da infecção pelo Zika vírus varia e que pode se assemelhar, em grande parte, às manifestações da dengue e da febre chikungunya, entre outras doenças virais, é importante, especialmente em alguns casos, estabelecer o diagnóstico definitivo pelos recursos laboratoriais.
Nesse contexto, a sorologia representa o método de escolha para a investigação nos pacientes em que o período de viremia já passou. A partir do quinto dia de sintomas, os anticorpos da classe IgM contra o vírus já aparecem no soro do paciente e reforçam a suspeita da infecção. Por sua vez, a presença de IgG específica, cerca de dois a quatro dias depois da detecção inicial da IgM, corrobora o diagnóstico, uma vez que aumenta o valor preditivo positivo do teste em relação ao Zika, enquanto a ausência de soroconversão em amostras pareadas, com intervalo de uma semana, sugere mais fortemente que se trate de doença ocasionada por outro agente.
Isso ocorre porque a interpretação isolada do resultado dos anticorpos, principalmente da IgM, requer cuidado, tendo em vista a natureza intrínseca dessa molécula e a semelhança estrutural entre o Zika e o vírus da dengue, o que possibilita reatividade cruzada entre os anticorpos contra esses dois agentes, além de outros vírus.
Atento a essa possibilidade, e procurando entregar mais que um resultado, o Fleury também incorporou à sorologia para Zika a pesquisa de anticorpos contra a dengue, sem custo adicional, sempre que a primeira mostrar IgM ou IgG reagentes. A partir desse conjunto de informações integradas, a equipe médica responsável pelo exame emite um laudo interpretativo, o que conduz a uma conclusão bem mais consistente dos achados.
Vale ressaltar que, embora a produção de IgM se mantenha por poucas semanas, a positividade da IgG permanece por mais tempo. Nesse sentido, na suspeita de infecção aguda, convém colher a amostra para sorologia a partir de sete dias depois do início do quadro, a fim de flagrar a presença de ambas as classes de anticorpos específicos. Em casos selecionados, recomenda-se também proceder a um seguimento sorológico para melhor observar a evolução de tais marcadores. Por outro lado, a pesquisa de IgG para confirmar uma infecção pregressa pode ser realizada a qualquer tempo.
| Assessoria Médica |
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| Dra. Carolina Santos Lázari [email protected] Dr. Celso Granato [email protected] |
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