Para o câncer de mama e de ovário, a história familiar configura importante fator de risco e os genes BRCA1 e BRCA2 estão associados a 20-25% dos casos, no primeiro, e a 15%, no segundo.
Microscopia eletrônica de uma célula de câncer de mama.
Para o câncer de mama e de ovário, a história familiar configura importante fator de risco e os genes BRCA1 e BRCA2 estão associados a 20-25% dos casos, no primeiro, e a 15%, no segundo. Dessa forma, os testes moleculares capazes de identificar tais mutações têm um grande impacto na prática clínica, uma vez que permitem orientar e direcionar o rastreamento, auxiliam o médico na opção por profilaxias ou intervenções e ainda possibilitam aconselhamento genético.
Em relação ao escopo técnico desses exames, os principais desafios consistem na longa extensão dos genes e na interpretação clínica dos achados obtidos. Para superar tais pontos e melhorar a eficiência e o tempo de liberação dos resultados, a tecnologia de sequenciamento de nova geração (NGS) vem sendo amplamente empregada.
Diante desse contexto, os grupos de Genética e de Pesquisa e Desenvolvimento do Fleury elaboraram um painel para a detecção de mutações no BRCA1 e no BRCA2 por NGS completo da região codificadora e das junções éxon-íntron, seguido de confirmação das variantes encontradas pela técnica de Sanger e de análise de rearranjos pela técnica MLPA. Ademais, o teste usa a plataforma Ion Torrent – PGM (Life Technologies), em um processo que foi internamente customizado e submetido a rigoroso processo de avaliação da performance e validação.
Para tanto, a equipe avaliou amostras de 26 pacientes, coletadas sempre em dois tubos, um para processamento interno e outro para análise de acurácia na Myriad Genetic Laboratory, um centro de referência no exame em questão. Na área técnica do Fleury, o exame conseguiu identificar todas as variantes patogênicas nos dois genes, assim como todas as de significado indeterminado, quando comparado aos resultados do laboratório externo. Ainda para esse projeto, o grupo de pesquisadores analisou uma amostra de referência do National Institute for Standards and Technologies, tendo detectado 85% das variantes presentes. O estudo de 68 amostras clínicas identificou 22 variantes distintas.
Na prática, o exame realizado no Fleury se mostrou reprodutível inter e intraensaio durante esse processo de validação, que, em conjunto com informações pré-vias, produziu uma grande base de dados, representativa da nossa população e, portanto, apropriada para ser usada na interpretação de cada achado.
“A seleção de uma metodologia robusta para a preparação da amostra e o sequenciamento, associada a ferramentas de bioinformática para a análise dos dados, possibilitou o desenvolvimento de um teste de altíssima sensibilidade e reprodutibilidade, que preenche os requisitos necessários para um exame diagnóstico”, observa o assessor científico do Fleury, Miguel Mitne Neto. “O estudo também explorou as limitações técnicas do processo e apresentou estratégias para superá-las, assegurando a qualidade do exame”, completa o assessor.
O estudo completo foi publicado em:
Human Genomics. 2017 Jun 26;11(1):14.
doi: 10.1186/s40246-017-0110-x.
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