Investigação de doença hepática por meio de biópsia percutânea guiada por ultra-som | Revista Médica Ed. 8 - 2003

Em casos selecionados, o procedimento albulatorial é seguro e rápido.

A biópsia de fígado traz informações sobre a etiologia e a gravidade de uma doença hepática.
Entre suas indicações mais comuns, vale destacar:

• Confirmação de doença metastática;
• Diagnóstico de lesões focais de aspecto inconclusivo nos exames de imagem;
• Diagnóstico de complicações do transplante hepático;
• Diagnóstico e acompanhamento de doenças difusas, como cirrose e hepatite crônica.

Planejada com base nos achados do ultra-som (US), a biópsia de fígado é rápida e segura. Utilizando uma pistola mecânica com contínua monitoração da posição da agulha pelo US, o médico obtém o fragmento do local desejado para estudo histopatológico. Nas raras vezes em que ocorrem, as eventuais complicações se dão nas primeiras horas após a biópsia. No Fleury, o exame é feito sob anestesia local, em sala preparada para procedimentos minimamente invasivos guiados por US, sempre em indivíduos que não apresentem contra-indicação para sua execução (veja quadro a seguir).

Contra-indicações para a realização da biópsia percutânea de fígado
Absolutas
Relativas
• Paciente não-cooperativo
• Obesidade mórbida
• Tumores vasculares
• Ascite
• Ausência de janela acústica
• Hemofilia
• Suspeita de cisto hidático
• Pleurite à direita
Risco hemorrágico aumentado*
(sangramento inexplicado, TP >3-5" acima do controle, contagem plaquetária <50.000/mm3,
TS de Ivy >10 minutos,
uso recente de antiinflamatório)
• Pleurite à direita
*Se o distúrbio for reversível por transfusão (de plaquetas ou plasma), trata-se de uma contra-indicação relativa.