A cromatografia líquida seguida de espectrometria de massas (LC-MS/MS) é o método padrão- ouro para mensurar esteroides.
Cristais de testosterona vistos sob microscopia de luz polarizada.
A cromatografia líquida seguida de espectrometria de massas (LC-MS/MS) é o método padrão- ouro para mensurar esteroides. Seu uso tem particular importância no seguimento de pacientes com hiperplasia adrenal congênita (HAC) por deficiência de 21-hidroxilase, visto que, como a condição cursa com níveis séricos elevados de 17-hidroxiprogesterona, 21-desoxicortisol, testosterona e androstenediona, a presença de níveis normais destes dois últimos hormônios indica que a terapia substitutiva com corticoide está adequada.
Em razão do relacionamento que o corpo médico do Fleury mantém com a comunidade médica, a equipe de Endocrinologia tomou conhecimento de pacientes com deficiência de 21-hidroxilase que estavam em tratamento com glico e/ou mineralocorticoides e clinicamente controlados, mas apresentavam níveis de testosterona elevados. Isso motivou os pesquisadores da área a realizar um estudo para analisar os níveis de testosterona pela técnica de LC-MS/MS. Ao todo, foram avaliados nove pacientes – sete mulheres e dois meninos, com idade variando entre 4 e 50 anos. O método para a mensuração de testosterona baseou-se numa linha de extração semiautomatizada e multiplexada em fase sólida de separação por fase reversa acoplada e detecção de analito não derivatizado por espectrometria de massa em tandem.
Os pesquisadores constataram que os valores de testosterona por LC-MS/MS encontravam-se surpreendentemente aumentados, chegando até 880 ng/dL (VR até 40 ng/dL, em crianças pré-púberes, e 9-63 ng/dL, em mulheres), apesar de os níveis de androstenediona terem se mostrado apenas ligeiramente elevados, entre 83 e 448 ng/dL (VR até 50 ng/dL, em crianças pré-púberes, e 25-220 ng/dL, em mulheres) na maioria dos pacientes, exceto em um deles, cujo resultado foi 728 ng/dL.
"Esses achados sugerem, nas medições da testosterona por LC-MS/MS, uma possível interferência que a separação por fase reversa não foi capaz de resolver, razão pela qual desenvolvemos um método alternativo”, explica a assessora médica do Fleury em Endocrinologia, Milena Teles. A nova metodologia converte a testosterona a derivados de metoxioxima, o que é, então, seguido de separação por fase reversa, possibilitando a eliminação do interferente e, assim, a redução substancial dos valores dosados em todos os pacientes (12-106 ng/dL).
Embora seja a abordagem mais simples e mais comum para determinar a testosterona, a dosagem por fase reversa pode mesmo ser suscetível a interferências raras, mas importantes, que resultam em níveis falsamente elevados de testosterona em pacientes com HAC. Como ainda se desconhece a identidade desse interferente possivelmente endógeno, há necessidade de mais estudos para identificar tal artefato e seu efeito sobre outros ensaios baseados na separação por fase reversa.
Autores: Teles MG Cardozo KH, Carvalho VM, Biscolla RPM, Chiamolera MI, Valassi HPL, Mendonça BB, Vieira JG.
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