Novos exames facilitam o diagnóstico precoce de arboviroses
Além de dengue, febre Chikungunya e infecção por Zika, existem outros arbovírus em circulação no País, que, embora incidam em menores taxas, podem ser importantes hipóteses diagnósticas. Dentre eles, destacam-se os vírus da febre amarela, Mayaro e Oropouche.
A ocorrência simultânea de várias arboviroses torna muito relevante o diagnóstico diferencial por exames laboratoriais, dada a semelhança entre suas manifestações clínicas iniciais, bem como a possibilidade de coinfecção, considerando a sobreposição das áreas de circulação desses vírus no território brasileiro. Ademais, a evolução de tais doenças pode ser bastante diferente, com complicações típicas, que exigem conduta apropriada.
Quando se vale de sorologias, o diagnóstico etiológico pode ser desafiador devido à intensa reatividade cruzada entre os agentes, sobretudo dengue e Zika, da família dos flavivírus, ou Chikungunya e Mayaro, do gênero Alphavirus.
Nesse sentido, a pesquisa do antígeno NS1 do vírus da dengue e os testes moleculares para os demais patógenos exibem maiores sensibilidade e especificidade. Adicionalmente, a pesquisa direta desses agentes possibilita reconhecimento mais precoce das arboviroses, visto que a coleta pode ser realizada nos primeiros dias de sintomas, sem necessidade de aguardar a produção de anticorpos.
Pensando nessas demandas, o Fleury desenvolveu dois painéis diagnósticos para arboviroses. O mais amplo abrange dengue, Zika, Chikungunya, febre amarela, Mayaro e Oropouche e é recomendado para esclarecer doença febril aguda em pessoas que tenham viajado para a região amazônica ou para países em que esses agentes estejam presentes, em especial se tiverem passado por áreas rurais ou silvestres. Já o painel reduzido inclui dengue, Zika e Chikungunya, que são mais comuns e circulam praticamente em todo o Brasil, com variações sazonais. Os testes devem ser solicitados em até cinco dias após o início dos sintomas.
Características das principais arboviroses pesquisadas pelos novos painéis
Manifestações clínicas iniciais comuns: febre, cefaleia, dor retro-orbital, mialgia, artralgia, exantema
Ficha técnica
CONSULTORIA MÉDICA
Dra. Carolina S. Lázari
Dr. Celso Granato
Outros artigos
Dosagem quantitativa do HBsAg tem implicações no manejo racional e custo-efetivo da doença crônica causada pelo vírus da hepatite B
Dados da OMS de 2022 revelam que há cerca de 254 milhões de portadores de hepatite B no mundo.
Papel da imuno-histoquímica na avaliação de lesões vulvares
Avaliação complementar da análise histológica convencional de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas.
Avanços nos métodos moleculares aprimoram o diagnóstico e o manejo das uveítes
A uveíte é uma inflamação ocular que representa uma das principais causas de morbidade ocular.
Painel molecular auxilia o diagnóstico etiológico das úlceras genitais
Comportamentos epidemiológicos das IST as têm colocado na posição de problema de saúde pública