Útil na investigação de doenças autoimunes, a pesquisa de autoanticorpos anticélula (fator antinúcleo ou FAN) é um teste muito sensível, com especificidade clínica restrita.
Útil na investigação de doenças autoimunes, a pesquisa de autoanticorpos anticélula (fator antinúcleo ou FAN) é um teste muito sensível, com especificidade clínica restrita. Dessa forma, frequentemente mostra-se positiva fora do contexto de autoimunidade. A taxa de FAN reagente em pessoas aparentemente sadias varia entre 10% e 15%. O padrão nuclear pontilhado fino denso (PFd), associado a autoanticorpos anti-DFS70, responde por boa parte da positividade em pacientes não autoimunes, pois ocorre sobretudo em indivíduos hígidos e raramente em portadores de doenças autoimunes sistêmicas.
Não se conhece a razão da ocorrência do anti-DFS70 em tal grupo. Para entender melhor essa resposta humoral, o Setor de Imunoensaios do Fleury realizou um estudo com o objetivo de caracterizar alguns dados associados ao padrão PFd e, assim, traçar um paralelo entre os padrões homogêneo (HO) e pontilhado grosso (PG), sabidamente relacionados a doenças autoimunes sistêmicas, e resultados não reagentes (NRE).
Retrospectivo, o estudo contemplou todos os laudos de FAN com títulos iguais ou superiores a 1/320 para os padrões de interesse (PFd, HO, PG e NRE), liberados pelo laboratório entre janeiro/2006 e dezembro/2013. No total, 254.840 resultados foram analisados, entre os quais 17.994 de PFd (7,1%), 2.115 de HO (0,8%), 1.798 de PG (0,7%) e 232.933 de NRE (91,4%). Os pesquisadores ainda compilaram informações dos pacientes sobre gênero, idade, CEP residencial e 45 parâmetros laboratoriais ligados a funções biológicas diversas.
Em termos geográficos, o Estado de São Paulo apresentou mais resultados de PFd (9,3% ante uma média nacional de 7,1%), enquanto o Rio Grande do Sul evidenciou a menor frequência (2,2%). O PFd exibiu maior estabilidade temporal que o HO (79,8% vs. 50,2%; p <0,001), bem como estabilidade de título (91,3%), embora menor que a do padrão PG (98,3%; p <0,001).
PFd em exame de imunofluorescência indireta em células HEp-2 com soro diluído 1:100
O estudo mostrou que o PFd aparece em altos títulos e é temporalmente estável, associando-se a jovens e a perfil laboratorial normal próximo ao dos NRE. Embora ocorra mais em mulheres, esse desequilíbrio é menos acentuado do que o observado nos demais padrões. Dessa maneira, a resposta autoimune relacionada ao PFd distingue-se daquela vista no HO e no PG, que têm forte associação clínica com doença autoimune sistêmica. “A significativa variação geográfica na frequência do PFd sugere ainda a contribuição de fatores ambientais em sua gênese”, assinala o assessor médico do Fleury em Imunologia e Reumatologia, Luis Eduardo Coelho Andrade.
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