Pesquisa de quimerismo pós-transplante alogênico de células progenitoras hematopoéticas | Revista Médica Ed. 2 - 2006

Em casos de neoplasias malignas, o sucesso do transplante está associado ao monitoramento do enxerto

Em casos de neoplasias malignas, o sucesso do transplante está associado ao monitoramento do enxerto

O transplante alogênico de células progenitoras hematopoéticas (TCPH) está entre as principais estratégias para o tratamento de neoplasias malignas hematológicas e vem sendo empregado em número crescente de pacientes. Esse aumento decorre da melhor caracterização da compatibilidade do sistema HLA entre doadores e receptores e também dos avanços nas técnicas de imunossupressão, associadas à aplicação de recursos de biologia celular e de manipulação do enxerto. São cada vez mais freqüentes os transplantes que utilizam doadores haploidênticos e doadores não-aparentados, assim como os transplantes não-mieloablativos. O sucesso desses procedimentos depende do monitoramento adequado e precoce do enxerto, o que é feito por meio da quantificação das células do doador no sangue do receptor, após o transplante.

A enxertia muito prematura, por exemplo, pode estar associada a maior risco de doença do enxerto contra o hospedeiro e à necessidade de imunossupressão mais intensa e prolongada, com morbimortalidade aumentada. A quantificação de células residuais do paciente coexistindo com células do doador – a chamada quimera mista – direciona o esquema de imunossupressão de cada doente – ou mesmo a pertinência de estratégias adicionais, como a infusão de linfócitos do doador –, de forma que, em um período determinado de tempo, considerando-se a doença de base, apenas sejam detectadas células do doador no sangue do receptor, o que caracteriza a quimera completa. O teste desenvolvido pelo Fleury analisa regiões polimórficas (STR) do DNA, que diferenciam os tecidos do doador dos do transplantado.

Ficha técnica

Nome do exame
• Pesquisa de quimerismo pós-TCPH
Materiais utilizados
• Esfregaço bucal do receptor, que representa seu status pré-transplante, e sangue periférico do receptor e do doador
Técnica
• Análise de regiões altamente polimórficas (STR) do DNA
Limite de detecção
• Em até sete dias