Enquanto a conduta para os nódulos malignos da tiroide e os de crescimento progressivo com compressão das estruturas adjacentes, como traqueia e nervo laríngeo, é o tratamento cirúrgico, várias opções devem ser avaliadas em relação aos benignos, incluindo seguimento clínico com ultrassonografias seriadas, aplicação de iodo radioativo para os hiperfuncionantes e, nos últimos anos, radioablação e alcoolização para aqueles sem indicação de ressecção cirúrgica.
Recomendada para nódulos com, pelo menos, 30% do conteúdo sólido, a ablação por radiofrequência tem se mostrado um método eficiente na redução volumétrica dessas lesões. O tratamento, percutâneo, é guiado por imagens de ultrassonografia e utiliza uma agulha especial que emite radiofrequência para gerar calor, a fim de destruir as células do nódulo, com consequente redução de seu tamanho ao longo de alguns meses.
Nos primeiros seis meses, obtém-se redução considerável, resultando em uma diminuição final de 80% a 90% de seu volume, seguida de estabilização. Após o tratamento, as chances de ocorrer aumento significativo não passam de 5%. Vale salientar que, para a realização desse procedimento, é imperativo que o nódulo tenha diagnóstico citológico prévio de benignidade (classe Bethesda II).
Para os nódulos císticos ou predominantemente císticos sintomáticos da tiroide, a alcoolização constitui uma opção minimamente invasiva, que consiste na aspiração do conteúdo da lesão com agulha fina, também guiada pela ultrassonografia, seguida de injeção de álcool absoluto para esclerose de suas paredes, com o objetivo de diminuir suas dimensões. Havendo recorrência do nódulo, novas sessões podem ser feitas.
Vale salientar que ambos os procedimentos são bastante toleráveis, mas, ainda assim, realizados sob sedação local e anestesia. Raramente ocorrem complicações, uma vez que se usam agulhas finas, podendo haver formação de hematomas no local e rouquidão por acometimento do nervo laríngeo recorrente nos casos de radiofrequência.
Nódulo misto (predominantemente sólido) isoecogênico e circunscrito ao terço médio/inferior do lobo esquerdo, com orientação horizontal, sem calcificações associadas, medindo 3,8 x 2,8 x 2,3 cm (volume: 12,2 cm³), com fluxo central e periférico ao estudo com Doppler.
Após o procedimento, observa-se expressiva redução da vascularização intranodular.
Nódulo misto (sólido-cístico) hipoecogênico e circunscrito ao terço médio/inferior do lobo esquerdo, com orientação horizontal, sem calcificações associadas. Destaca-se expressiva redução da vascularização intranodular. Medidas pós-ablação: 2,8 x 2,2 x 2,4 cm (volume: 7,4 cm³).
Nódulo mantém suas características, com ecotextura mista (sólido-cístico), hipoecogênica e circunscrita ao terço médio/inferior do lobo esquerdo, com orientação horizontal, sem calcificações associadas. Observe volume reduzido e ausência de refluxo significativo ao estudo com Doppler. Medidas pós-ablação: 3,1 x 2,0 x 1,8 cm (volume: 5,6 cm³)
Como desconfiar de malignidade do nódulo de tiroide?
Evolução clínica
Exame inicial em 14/8/20
Exame de controle em 18/12/20, quatro meses após radioablação.
CONSULTORIA MÉDICA
Endocrinologia
Dr. José Viana Lima Junior
Dra. Maria Izabel Chiamolera
Dr. Pedro Saddi
Dra. Rosa Paula Mello Biscolla
Dr. Rui Maciel
Diagnóstico por Imagem
Dr. Alberto Lobo Machado
Dr. Antonio Carlos Martins Maia Junior
Dr. Flávio Ferrarini Oliveira Pimentel
Dr. Roberto de Moraes Bastos
Dados da OMS de 2022 revelam que há cerca de 254 milhões de portadores de hepatite B no mundo.
Avaliação complementar da análise histológica convencional de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas.
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
A uveíte é uma inflamação ocular que representa uma das principais causas de morbidade ocular.