A anuscopia de alta resolução evidenciou pequenas lesões acetorreagentes densas na região distal do reto.
A anuscopia de alta resolução evidenciou pequenas lesões acetorreagentes densas na região distal do reto, cerca de 1 cm acima da linha pectínea, das quais foi realizada biópsia dirigida. O resultado do estudo anatomopatológico confirmou se tratar de lesões intraepiteliais escamosas anais de alto grau (NIA-AG) associadas a condiloma acuminado.
Assim como no trato genital inferior, a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) tem sido identificada em lesões benignas e malignas da região anal e perianal. Relata-se que cerca de 90% dos casos de NIA-AG, considerada a precursora do câncer anal, e cerca de 80% dos casos de carcinoma de células escamosas anal apresentam DNA de HPV.
O vírus instala-se na camada basal, podendo ficar em latência e se manifestar posteriormente, dependendo da imunidade local e sistêmica do paciente. Embora ainda não seja visto como um problema de saúde pública, cerca de 10% a 15% das NIA-AG podem evoluir para carcinoma anal invasivo. A pesquisa da expressão de p16 nos casos de lesões intraepiteliais de baixo grau auxilia a identificação dos casos com maior risco de evolução para lesões de alto grau e carcinoma escamoso e pode ser feita tanto no material citológico quanto no das biópsias.
Apesar de ainda não ser amplamente recomendado, o rastreamento do câncer anal deve ser realizado em todos os pacientes HIV-positivos, mulheres com história de infecção por HPV e alterações de alto grau, homens suscetíveis à infecção por HPV e indivíduos em uso de imunossupressores, a exemplo dos transplantados. A citologia anal aparece como um bom coadjuvante no rastreamento e no controle do câncer anal.
O tratamento das NIA-AG emprega diferentes recursos, como podofilina, ácido tricloroacético, imiquimode, criocauterização, eletrocauterização, laser e excisão. O seguimento é sempre necessário devido à possibilidade de recidiva das lesões.
Assessoria Médica |
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Anuscopia Dra. Maria Cristina Meniconi Patologia Dra. Mônica Stiepcich |
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