O último Boletim Epidemiológico de Sífilis do Ministério da Saúde, publicado em outubro de 2021, destaca que o panorama da doença no Brasil é semelhante ao de outros países do mundo, com dados ainda preocupantes, mesmo diante de uma diminuição, em 2020, nas taxas de detecção da sífilis adquirida (26,6%), da doença na gestação (0,9%) e da sífilis congênita (9,4%), em comparação a 2019.
A sífilis tem uma prevalência global de 0,5%, com 6,3 milhões de casos. No Brasil, em 2020, as taxas de detecção de sífilis adquirida foram de 54,5/100.000 habitantes, assim como de 21,6/1.000 nascidos vivos de sífilis em gestantes. A incidência da doença congênita chegou a 7,7/1.000 nascidos vivos, enquanto a taxa de mortalidade nesse grupo alcançou 6,5/100.000 nascidos vivos. No total, o Brasil registrou 115.371 casos de sífilis adquirida, 61.441 casos da doença em gestantes e 22.065 casos de sífilis congênita, com 186 óbitos.
As Regiões Sudeste e Sul se apresentaram com as taxas mais elevadas de sífilis materna (25,9 e 23,3/1.000 nascidos vivos, respectivamente) e congênita (8,9 e 7,7/1.000 nascidos vivos, respectivamente), tendo sido o Rio de Janeiro o Estado com a maior taxa de detecção (55,1 casos/1.000 nascidos vivos de sífilis materna e 21,5/1.000 nascidos vivos de sífilis congênita), índices maiores que a média nacional. Outros sete Estados também exibiram taxas da doença congênita maiores que a média no Brasil: Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Tocantins, Amapá e Ceará.
Destaca-se que a sífilis congênita é uma condição prevenível, desde que o diagnóstico e a oportuna terapêutica durante a gestação sejam realizados adequadamente. A falta de tratamento ou o tratamento inadequado da sífilis materna associam-se com índices de transmissão vertical elevados, que podem chegar a 70-100% nos casos de sífilis primária e secundária, enquanto o risco de transmissão cai para 1-2% com o tratamento.
O desfecho adverso mais frequente associado com a sífilis materna não tratada é a perda gestacional precoce, observada em 40% dos casos. Outras complicações incluem a morte fetal a termo, em 11%, e a prematuridade ou o baixo peso ao nascer, em 12-13%.
Em 14 de outubro de 2021, o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Combate à Sífilis para alertar a população sobre a importância da prevenção e do tratamento precoce da doença. O público-alvo inclui gestantes e seus parceiros, homens e mulheres entre 20 e 35 anos.
O rastreamento de sífilis na gravidez deve ser feito na primeira consulta de pré-natal (idealmente no primeiro trimestre), no início do terceiro trimestre e no momento da internação para o parto. A testagem também tem de ser realizada nas mulheres com perdas fetais precoces ou tardias e naquelas submetidas a situações de risco ou violência sexual.
Dados da OMS de 2022 revelam que há cerca de 254 milhões de portadores de hepatite B no mundo.
Avaliação complementar da análise histológica convencional de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas.
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
A uveíte é uma inflamação ocular que representa uma das principais causas de morbidade ocular.