Doença crônica rara, caracterizada pelo depósito extracelular de fibras proteicas alteradas (amiloide) em diversos órgãos e tecidos, a amiloidose altera progressivamente a função do órgão afetado. Entre os tipos da doença, as formas familiares decorrem de herança autossômica dominante e acometem principalmente coração, rins e sistema nervoso. Estima-se que ocorra um caso por milhão de pacientes por ano, mas os índices variam em áreas endêmicas, no Japão e no norte de Portugal, Suécia, Chipre e Maiorca. No Brasil, a forma familiar mais comum é a amiloidose associada ao gene TTR, que codifica a proteína transtirretina (TTR).
A amiloidose familiar do gene TTR manifesta-se na idade adulta e caracteriza-se por neuropatia sensitivo- -motora lentamente progressiva, associada a uma disfunção autonômica, levando a condições como cardiomiopatia, nefropatia, opacidade vítrea e alterações do sistema nervoso central, entre outras manifestações. Como provoca sintomas em vários sistemas, deve ser considerada em situações clínicas distintas.
Nessa forma da doença, a proteína variante presente no amiloide é a TTR, que se compõe de 127 aminoácidos e provém do fígado, tendo função carreadora da tiroxina e da proteína de ligação do retinol. Localizado no cromossomo 18q12.1, o gene TTR apresenta mais de 120 mutações amiloidogênicas descritas, dentre as quais a Val30Met é a mais comum e está associada principalmente com polineuropatia.
O teste molecular para análise do TTR detecta mutações em mais de 99% dos casos de amiloidose familiar decorrente de alterações nesse gene e deve ser considerado para confirmar a suspeita diagnóstica em pacientes sintomáticos e, assim, orientar o tratamento. A presença de história familiar é útil no levantamento dessa hipótese, embora muitos indivíduos não tenham doença documentada entre parentes. A pesquisa genética ainda se aplica à identificação de membros da família assintomáticos em risco, à diferenciação entre a amiloidose familiar pela mutação no gene TTR de outros tipos da doença e ao esclarecimento do subtipo genético envolvido para oferecer terapêutica ou rastreamento. Vale salientar que outras formas de amiloidose hereditária, como as ligadas aos genes APOA1 e GSN, não são contempladas por esse estudo.
Ficha técnica
Método: sequenciamento de nova geração (NGS)
Amostra: Sangue total ou saliva
Interpretação: Acompanhada por um laudo interpretativo
Prazo de resultado: Em até 20 dias corridos
Consultoria médica
Dr. Caio Robledo Costa Quaio
Dr. Carlos Eugênio Fernandez de Andrade
Dr. Wagner Antonio da Rosa Baratela
Dados da OMS de 2022 revelam que há cerca de 254 milhões de portadores de hepatite B no mundo.
Avaliação complementar da análise histológica convencional de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas.
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
A uveíte é uma inflamação ocular que representa uma das principais causas de morbidade ocular.