Microscopia eletrônica de transmissão revela o citomegalovírus.
SPL DC/LATINSTOCK
Vírus do grupo herpes, o citomegalovírus (CMV) permanece latente após a infecção primária e pode reativar em situações de imunossupressão. As técnicas desenvolvidas para a identificação desse agente visam à sua detecção precoce, permitindo a terapia preemptiva, o que reduz o risco de evolução para formas graves da doença. A antigenemia, método que reconhece células que expressam o antígeno da matriz do CMV (pp65), tem a contagem de neutrófilos como um fator limitante para sua sensibilidade e pode, portanto, apresentar resultados inconclusivos eventualmente. A PCR, por sua vez, demonstra a presença do RNAm viral, confirmando a replicação ativa do vírus, e independe do número de neutrófilos. Diante desse cenário, o Grupo de Infectologia do Fleury realizou um estudo para avaliar a importância do teste molecular nos casos de impossibilidade de detecção do pp65, quer pela neutropenia, quer por razões não esclarecidas.
Para tanto, os pesquisadores avaliaram 7.348 testes de antigenemia realizados entre agosto de 2011 e agosto de 2014, dos quais 834 (11,4%) tiveram resultado inconclusivo. Nesse grupo, 245 casos foram submetidos à PCR em um prazo de até sete dias, com carga viral detectável em 16% das amostras (38/245), classificada em três níves: abaixo de 5 mil, entre 5 mil e 20 mil e acima de 20 mil. A maioria dos pacientes (63%, ou 24/38) apresentou carga viral inferior a 5 mil cópias e, portanto, não seria necessariamente favorecida de forma evidente pelo tratamento, embora, nos casos de transplante de medula óssea, haja a tendência de instituir a terapia diante de qualquer carga viral e, nos transplantados de órgão sólido, o tratamento seja recomendado quando a quantificação supera 2.000 ou 3.000 UI/mL. Por outro lado, em oito casos (21,1%), o número de cópias do CMV ultrapassou 20 mil, quando o benefício da instituição de terapêutica específica é patente. Por fim, seis indivíduos tinham carga viral entre 5 mil e 20 mil cópias. “Existem pacientes em que, claramente, a realização da PCR seria preferencial, como aqueles que apresentam contagem de neutrófilos inferior a 500 células/mL, nos quais a proporção de resultados inconclusivos da antigenemia é significativa”, comenta o assessor médico do Fleury em Infectologia, Celso Granato. “Para outros grupos de pacientes, a análise dos demais dados laboratoriais pode fornecer mais detalhes sobre a indicação desse teste adicional”, completa.
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
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