A queda de cabelo, ou alopecia, é uma queixa frequente na prática clínica e muitas vezes negligenciada, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento dos pacientes. O quadro pode envolver desde diagnósticos possivelmente reversíveis, conhecidos como alopecias não cicatriciais, ou quadros que, uma vez instalados na região afetada, levam à destruição dos folículos pilosos, impossibilitando a recapilarização da região, as alopecias cicatriciais.
Agora disponível no Fleury, a tricoscopia, ou mapeamento digital do couro cabeludo, é um método diagnóstico rápido (30 minutos) e não invasivo para a avaliação de doenças que acometem o couro cabeludo e a haste capilar, fornecendo informações valiosas sobre os principais aspectos das alopecias. Para tanto, utiliza-se da técnica de dermatoscopia digital, que aumenta a área estudada com magnitude de até 20 a 140 vezes. No exame, o médico realiza registros fotográficos de toda a superfície do couro cabeludo e de outras regiões possivelmente acometidas, como sobrancelhas, cílios, região da barba e outras áreas do corpo com pelos.
O laudo descreve o aspecto das hastes capilares, a presença de alterações das aberturas foliculares e as alterações da vascularização da área afetada, entre outros detalhes. A região de maior acometimento pode ser marcada durante o exame para que o médico possa realizar a biópsia para análise histológica. Além disso, a tricoscopia serve para o seguimento dos pacientes, em especial para monitorar resposta local ao tratamento tópico ou sistêmico.
Como o método pode ajudar a fechar o diagnóstico?
Para as alopecias não cicatriciais, observa-se inicialmente a presença ou não de pelos em pontos de exclamação ou pontos pretos (nas aberturas foliculares). O encontro de um desses aspectos, associado à presença de pelos quebrados irregularmente, favorece o diagnóstico da tricotilomania. Se não há pelos quebrados, o diagnóstico mais provável é de uma alopecia areata. Na ausência de pelos de exclamação e pontos pretos, o número de unidades foliculares por abertura e a heterogeneidade das espessuras das hastes são critérios levados em conta para o diagnóstico diferencial entre alopecia androgenética e eflúvio telógeno, doenças muito prevalentes na população.
Para outras alopecias, consideram-se aspectos específicos das hastes capilares e das aberturas foliculares, como presença ou não de pontos pretos e amarelos, e aspectos das estruturas vasculares, como presença de vasos em ponto e ramificados finos. Dessa forma, é possível, por exemplo, sugerir o diagnóstico de lúpus eritematoso cutâneo diante de vasos lineares irregulares e pontos amarelos grandes.
Já o exame de seguimento dos pacientes pode comparar os parâmetros avaliados no estudo anterior, identificando a melhora ou não do quadro clínico. Por exemplo, para a avaliação da resposta terapêutica na alopecia cicatricial tipo alopecia frontal fibrosante, pode-se constatar ou não a presença de eritema e descamação perifolicular, sinais que mostram atividade da doença.
ALOPECIAS NÃO CICATRICIAIS
■ Alopecia androgenética (masculina e feminina)
■ Eflúvio telógeno
■ Alopecia areata
■ Tricotilomania
■ Tínea do couro cabeludo
ALOPECIAS CICATRICIAIS
■ Lúpus eritematoso discoide
■ Alopecia frontal fibrosante (líquen plano pilar)
■ Foliculite decalvante
■ Foliculite dissecante
Ficha técnica
Tricoscopia
Método: registro fotográfico e por dermatoscopia digital do couro cabeludo e de outras regiões com alterações na pilificação, com possibilidade de marcação da área para eventual biópsia
Principais aspectos avaliados: haste capilar, aberturas foliculares e estruturas vasculares da região; evolução da doença e resposta aos tratamentos propostos
Local de realização do exame: Unidade Brasil
Prazo de resultados: em até sete dias úteis
Consultoria médica
Dra. Andressa Sato Aquino Lopes
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Dr. Fernando Sperandeo de Macedo
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Dra. Lilian Licarião Rocha
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