Vitamina D e Covid-9: O mito da suplementação

Não há evidências de que a vitamina D previna ou trate a infecção pelo SARS-CoV-19.

A Sociedade Brasileira e Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), além de outras entidades médicas, redigiram notas para esclarecer que não há base científica para a prescrição de vitamina D tanto na prevenção quanto no tratamento da infecção pelo novo coronavírus.

Recentemente, um estudo realizado pela Universidade de Turim observou níveis muito baixos da substância nos pacientes internados por Covid-19. Contudo, o estudo não estabelece uma relação de causalidade, apenas nota uma associação entre a hipovitaminose D e os infectados. A idade avançada dos pacientes e a coleta da dosagem de vitamina D no fim do inverno europeu colaboraram para o achado de hipovitaminose, independentemente da infecção pelo vírus. Assim, interpretar esses dados como uma evidência do papel da vitamina D na Covid-19 é um equívoco.

Vale lembrar que a dosagem da vitamina D tem indicação apenas nos pacientes que apresentam algum fator de risco, pois não existem evidências de benefício do teste em população adulta sem comorbidades, ou seja, o rastreamento populacional indiscriminado não é preconizado. 


Indicações da suplementação de vitamina D

A suplementação da vitamina D só está indicada para indivíduos que tenham em sua história clínica fatores de risco para a hipovitaminose, após orientação médica. Existem riscos com o uso indiscriminado de vitamina D, particularmente doses elevadas, uma vez que a intoxicação pode causar hipercalcemia, desidratação, confusão mental e até perda da função renal.

Indivíduos com mais fatores de risco para hipovitaminose D:

  • Idosos (acima de 60-65 anos)
  • Indivíduos que não se expõem ao sol ou que tenham contraindicação à exposição solar
  • Indivíduos com antecedente de fraturas por fragilidade ou quedas recorrentes
  • Gestantes e lactantes
  • Pacientes com osteoporose (primária e secundária)
  • Portadores de doenças osteometabólicas (raquitismo, osteomalacia e hiperparatiroidismo)
  • Pacientes com deficiência renal crônica
  • Portadores de síndromes de má absorção (pós-cirurgia bariátrica e doença inflamatória intestinal)
  • Usuários de medicações que possam interferir na formação e na degradação da vitamina D, como terapia antirretroviral, glicocorticoides e anticonvulsivantes
  • Obesidade


CONSULTORIA MEDICA ENDOCRINOLOGIA

Dr. José G. H. Vieira
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